Virando a esquina, sempre ansioso para não fazer nada, jogando vídeo game com uma ajuda para me guiar, guiando minha vida mesmo com o controle em minhas mãos, não precisa apertar nenhum botão, basta falar para virar, correr, agachar, abraçar enfim. Parece mesmo um jogo onde um simples lugar para sentar e olhar os carros é o ponto máximo, com o gráfico do seu rosto perfeito, e o som da sua risada que me dava sobre vida cada vez que ouvia.
Tudo é conseqüência, seu choro meu erro, sua felicidade minha chegada, sua raiva minha preguiça, meu grito seu portão fechado, minha coragem seu desespero.
Virando a esquina, contando as lajotas para chegar lá, de cabeça baixa, ao levantar vejo no horizonte uma bolsa em seu ombro direito com suas duas mãos apegadas a ela, mãos com lindos anéis, um colar prateado com um pingente orgulhosamente a mostra, um belo sorriso, esqueço as lajotas e tudo fica bem.
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quarta-feira, 22 de outubro de 2008
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